Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países europeus encontravam-se devastados, com a economia enfraquecida e com forte retração de consumo, que abalou a economia mundial. Os Estados Unidos por sua vez, lucraram com a exportação de alimentos e produtos industrializados aos países aliados no período pós-guerra. Como resultado disso, entre 1918 e 1928 a produção norte-americana cresceu de forma estupenda. A prosperidade econômica gerou o chamado "american way of life" (modo de vida americano). Havia emprego, a agricultura produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do crédito e pelo parcelamento do pagamento de mercadorias.
Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades devastadas pela guerra, necessitando manter suas importações e empréstimos, principalmente dos EUA.
Causas da Crise
A situação começou a mudar no final da década de 1920. A economia europeia posteriormente se restabeleceu e passou a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos.
Com a retração do consumo na Europa, as indústrias norte-americanas não tinham mais para quem vender. Havia mais mercadorias que consumidores, ou seja, a oferta era maior que a procura; consequentemente os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego aumentou. A queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do comércio resultou na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa. Portanto, a crise de 1929 foi uma crise de superprodução.
Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas ações.
Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores.
A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes.
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.
O NewDeal: Uma proposta para amenizar a crise
Nos anos 30, assume a presidência da república do EUA, Franklyn Delano Roosevelt. Sua principal realização no período da depressão é uma plano econômico elaborado de conformidade com o economista britânico John Maynard Keynes, denominado New Deal (Novo Acordo), visando reduzir os efeitos da crise. Muitas das propostas do novo plano, expostas a seguir, são adotadas em várias potências afetadas:
O Estado assume a responsabilidade de salvar a Nação, regulamentando a sua economia, o New Deal propõe, portanto, o intervencionismo, uma vez que a super produção originária da crise também se deveu ao liberalismo excessivo do governo norte americano em sua economia;
- Concessão, por parte do Estado, de empréstimos aos falidos, mediante emissões controladas;
Redução da jornada de trabalho para dar oportunidade a mais pessoas de trabalharem, reduzindo o desemprego; - Ampliação do salário do operariado para ampliar o mercado consumidor interno;
- Aumento dos benefícios da Previdência Social, como a criação do seguro-desemprego;
- O Estado promove a geração de empregos públicos nos setores urbanos não produtivos (arborização das cidades, coleta de lixo, restauração de prédios e ruas, etc), uma vez que atividades como a industrial ou agrícola não devem absorver mão-de-obra em razão da superprodução. Estimula-se, assim, o consumo, em aumentar a produção;
- Ampliação da autonomia sindical e de sua capacidade de negociação;
As Consequências da crise e o avanço dos regimes totalitários
Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e especialmente o Canadá.Sofreram com o aumento do desemprego, a elevação dos preços, a redução do poder aquisitivo e a desorganização da produção econômica.Porém, em certos países pouco industrializados naquela época, como a Argentina (que vivia da exportação de carne) e o Brasil (que não conseguiu vender o café que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de industrialização. Praticamente não houve nenhum abalo na União Soviética, pois por se tratar de um país socialista, estava com a econômia fechada para o capitalismo.
Os setores mais prejudicados da população passaram a reclamar de forma mais contundente soluções sociais que melhorassem suas condições de vida.
Muitas pessoas passaram a acreditar que os regimes democráticos eram incapazes de solucionar os grandes problemas socioeconômicos da época.
Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e especialmente o Canadá.Sofreram com o aumento do desemprego, a elevação dos preços, a redução do poder aquisitivo e a desorganização da produção econômica.Porém, em certos países pouco industrializados naquela época, como a Argentina (que vivia da exportação de carne) e o Brasil (que não conseguiu vender o café que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de industrialização. Praticamente não houve nenhum abalo na União Soviética, pois por se tratar de um país socialista, estava com a econômia fechada para o capitalismo.
Os setores mais prejudicados da população passaram a reclamar de forma mais contundente soluções sociais que melhorassem suas condições de vida.
Muitas pessoas passaram a acreditar que os regimes democráticos eram incapazes de solucionar os grandes problemas socioeconômicos da época.
Havia ainda outro importante fator que promoveu a descrença no liberalismo democrático: Era o medo alimentado pelas classes dominantes da expansão dos movimentos socialistas, revigorados pelo exemplo da Revolução Russa.
Os partidos de orientação marxista, representavam uma terrível ameaça aos interesses dos grandes banqueiros e industriais. Para salvar esses interesses, apoiou a ascensão de regimes totalitários, que prometiam estabelecer a ordem e a disciplina social. Exemplos marcantes desse processo foram o desenvolvimento do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha.
Os partidos de orientação marxista, representavam uma terrível ameaça aos interesses dos grandes banqueiros e industriais. Para salvar esses interesses, apoiou a ascensão de regimes totalitários, que prometiam estabelecer a ordem e a disciplina social. Exemplos marcantes desse processo foram o desenvolvimento do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha.
Cinderella Man (no Brasil: A Luta Pela Esperança) é um filme baseado na história real do boxeador Jim Braddock. Era considerado um prodígio do boxe, mas foi obrigado a se aposentar prematuramente devido a uma série de derrotas no ringue. Com os Estados Unidos em meio à Grande Depressão, Jim precisou viver de bicos para poder sustentar sua esposa e os filhos.
Jim sempre sonhou com a oportunidade de retornar ao mundo do boxe e teve sua chance quando, devido a um cancelamento de última hora, é escalado para enfrentar o 2º pugilista na disputa do título mundial. Para surpresa de todos Jim venceu três lutas consecutivas, mesmo sendo bem mais magro que seus oponentes e tendo ferimentos nas mãos.
Ele ganhou o apelido de "Cinderella Man" e se tornou o símbolo de esperança dos desprivilegiados da época. O seu maior oponente foi Max Baer, de quem tomou o título de campeão mundial dos pesos pesados. Max era bastante temido pelo fato de ter matado dois lutadores no ringue em suas lutas.